sábado, 4 de abril de 2009

INTERNACIONAL 100 ANOS

A minha primeira lembrança de torcer por futebol é datada de 1992, ano em que o Sport Club Internacional ganhou a copa do Brasil. Meu pai foi a este jogo, eu, minha mãe e meu irmão (sem entender muita coisa, pois ele tinha três anos) ficamos sofrendo pelo radinho. Ao final, o Inter sagrou-se campeão com um pênalti chorado nos instantes finais do jogo... chorei muito... chorava mas não entendia o motivo, seria aquilo emoção? Seria aquilo o que meu avô dizia que era paixão pelo futebol? Eu só gritava e pulava e corrida dentro do meu pátio.

Foi no instante em que meu pai chegou em casa que eu entendi o que se passava comigo... ali eu vi que eu era colorado, não pelo título, não pelo motivo de meu pai ter vindo caminhando do Beira Rio até a minha casa (são uns 7 km), foi pelo fato de perceber que mesma emoção que meu avô, meu pai estavam sentindo era a mesma que a minha. Foi perceber o que era aquele brilho no olho quando eles falavam dos títulos do passado, da festa no estádio e do orgulho de vestir a camisa vermelho dos pampas, foi perceber que por alguns instantes é possível esquecer o resto do mundo e seus problemas e torcer, sofrer, gritar, chorar, xingar, se alegrar por um clube de futebol.

Abaixo uma amostra da campanha do Inter para o centenário:


Agradeço ao meu pai e ao meu avô por me ensinarem a ser colorado, pois não me imagino vestindo outra cor se não o vermelho. Não conseguiria entrar em outro estádio com a mesma desenvoltura que ando pelas arquibancadas do gigante, onde vivi alegrias, tristezas e principalmente onde aprendi a ser igual a todo mundo, pois somos todos irmãos.

Ao escrever estas palavras meus olhos enchem de lágrimas só de pensar neste amor. Amor que não é medido, que não é o mesmo que se sente pelas pessoas próximas (viu Ana), é algo inexplicável e indescritível.

Fico um pouco chateado porque não vou poder participar das festividades deste dia tão importante, pois estou trabalhando, mas estou aqui vestindo a camisa do Colorado cheio de orgulho por tantas emoções vividas nestes meus 24 anos; e não vai ser isto que vai apagar este brilhante dia.

Um comentário:

Sandro Santos disse...

É, bruxo, vai entender essa nossa paixão pelo futebol...
Minha lembrança mais remota do Imortal Tricolor é de 1981, quando perdi de assistir, no Olímpico (ainda sem a cobertura pronta do anel superior), pois fiquei andando de bicicleta até depois do horário combinado para sairmos...Fui pra casa chorando. Ainda tinha enxergado a traseira da Belina II de meu tio, do Alegrete, indo pela rua, e eu correndo atrás de bike, sem alcançá-lo. Pelo menos o Grêmio ganhou !
Mas, dois anos mais tarde, em 83...ah, 1983...
Portalupi...Mazzaropi...Valdir Espinoza...
É ! É bom esse tal de futebol !!!